sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Mindfulness, uma mente vazia?


 As práticas de meditação têm origem com o surgimento da humanidade e de sua capacidade intrínseca

de estar em comunhão com a Natureza e com a vida. O estado meditativo foi sendo esquecido ao longo do tempo, à medida que o ser humano passou a se exceder mentalmente, acreditando na primazia do pensamento racional para controlar a si mesmo e o mundo ao seu redor. Uma ilusão de poder ilimitado da mente e de supremacia em relação a ordem natural da vida e da impermanência e instabilidades.


Na vida animal não vemos o leão preocupado com o dia de amanhã ou o elefante magoado com o que não deu certo no passado. As borboletas simplesmente saem de seus casulos e de lagartas se transformam em algo diferente, sem questionamentos ou medo.

No oriente as práticas de meditação nunca foram desprezadas, porque entendem a interação que temos com a Natureza. Em sua cultura dão vazão as técnicas milenares de meditação das filosofias taoista, budista e do yoga. Conhecimentos que estão inseridos na medicina chinesa, na medicina ayurveda e na psicoterapia orientalista transpessoal As práticas meditativas estão presentes como uma medicação natural para o tratamento dos desequilíbrios da mente e do corpo.

Mindfulness é apenas um nome diferente para a mesma coisa. A sua prática é um recurso que, igual a todos os outros caminhos meditativos, tem como objetivo tornar o ser mais consciente do aqui e agora, retirando-o do sofrimento mental ansioso ou depressivo.

Quando se deixa dominar pela mente, a pessoa adentra num padrão automático e alienado de pensar. A mente leva sua atenção para o passado ou para o futuro e faz agir segundo seu padrão mental.

Preocupação é sinônimo de ansiedade com o que virá, a mente vagueia nas possibilidades futuras. Depressão é a mente frustrada que não consegue controlar seu futuro. E todos os transtornos de ansiedade e depressão caminham juntos sob o domínio da mente e de seus pensamentos repetitivos.

O corpo também desanda quando a mente está em desequilíbrio. Problemas no sistema digestório, hipertensão, fibromialgia, enfermidades autoimunes, entre outros.

A mente vazia, como se traduz literalmente mindfulness, tem um significado maior que é necessário compreender. Esvaziar a mente é quase uma utopia, mas é possível, por alguns momentos. Digamos que, precisamos das técnicas de meditação para aliviar a pressão de tantos pensamentos, mais que esvaziar a mente podemos não nos envolver tanto com ela.

Quando exageramos nas atividades físicas, o corpo se ressente, o excesso pode provocar graves problemas nas articulações, lesionando a musculatura, criando traumas no corpo e até prejudicando os órgãos. Sabemos da importância do condicionamento físico, aliado aos alongamentos e a alimentação adequada.

Da mesma forma, a mente precisa de repouso, de esvaziamento. Abrimos espaço para alongar a nossa consciência, expandi-la e nutrir o nosso ser com novos pensamentos, mais saudáveis e conexos.

A consciência é a lucidez que nutre o pensamento. Quando expandimos nossa consciência somos capazes de diminuir o estresse e os padrões mentais repetitivos e suas desarmonias.

A prática da meditação, mindfulness ou outra qualquer, é um caminho que leva a comunhão com o corpo e o agora. Meditação é um estado do ser e não uma técnica. Todas as metodologias são instrumentos que ajudam a chegar no estado meditativo.

Estar em meditação é estar aqui e agora, um estado contemplativo de plena atenção, um estado de lucidez total. Você deixa de lado a tagarelice mental e entra em estado refreshing,como eu gosto de chamar. A respiração se torna leve e fluida , nutrindo o corpo de vitalidade.

A prática meditativa no ambiente corporativo proporciona flexibilidade, melhora a capacidade para absorver novas tarefas e conhecimentos, melhorando a memória e impulsionando a uma atitude mais dinâmica. Proporciona um aumento significativo para a concentração e produtividade.

 

Quer saber mais?
Programa de meditação para pessoas e empresas
com Nadya Prem online e presencial
informações: nadyarsprado@gmail.com

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Não há que derramar água em um vaso cheio.

E não tem nenhum sentido afiar a lâmina de uma faca demasiadamente.

Ou se a sala inteira está coberta com ouro e jaspe, quem poderá guardá-la?

O excesso em tudo causa a desgraça.

Quando o trabalho é terminado, o homem deve se

afastar.

Tais são as leis de harmonia, sugeridas pelo Tao.


TAO TE CHING