de estar em comunhão com a Natureza e com a vida. O
estado meditativo foi sendo esquecido ao longo do tempo, à medida que o ser
humano passou a se exceder mentalmente, acreditando na primazia do pensamento
racional para controlar a si mesmo e o mundo ao seu redor. Uma ilusão de poder
ilimitado da mente e de supremacia em relação a ordem natural da vida e da
impermanência e instabilidades.
Na vida animal não vemos o leão preocupado com o
dia de amanhã ou o elefante magoado com o que não deu certo no passado. As
borboletas simplesmente saem de seus casulos e de lagartas se transformam em
algo diferente, sem questionamentos ou medo.
No oriente as práticas de meditação nunca foram
desprezadas, porque entendem a interação que temos com a Natureza. Em sua
cultura dão vazão as técnicas milenares de meditação das filosofias taoista,
budista e do yoga. Conhecimentos que estão inseridos na medicina chinesa, na
medicina ayurveda e na psicoterapia orientalista transpessoal As práticas
meditativas estão presentes como uma medicação natural para o tratamento dos
desequilíbrios da mente e do corpo.
Mindfulness é apenas um nome diferente para a mesma
coisa. A sua prática é um recurso que, igual a todos os outros caminhos
meditativos, tem como objetivo tornar o ser mais consciente do aqui e agora,
retirando-o do sofrimento mental ansioso ou depressivo.
Quando se deixa dominar pela mente, a pessoa
adentra num padrão automático e alienado de pensar. A mente leva sua atenção
para o passado ou para o futuro e faz agir segundo seu padrão mental.
Preocupação é sinônimo de ansiedade com o que virá,
a mente vagueia nas possibilidades futuras. Depressão é a mente frustrada que
não consegue controlar seu futuro. E todos os transtornos de ansiedade e
depressão caminham juntos sob o domínio da mente e de seus pensamentos
repetitivos.
O corpo também desanda quando a mente está em
desequilíbrio. Problemas no sistema digestório, hipertensão, fibromialgia,
enfermidades autoimunes, entre outros.
A mente vazia, como se traduz literalmente
mindfulness, tem um significado maior que é necessário compreender. Esvaziar a
mente é quase uma utopia, mas é possível, por alguns momentos. Digamos que,
precisamos das técnicas de meditação para aliviar a pressão de tantos
pensamentos, mais que esvaziar a mente podemos não nos envolver tanto com ela.
Quando exageramos nas atividades físicas, o corpo
se ressente, o excesso pode provocar graves problemas nas articulações,
lesionando a musculatura, criando traumas no corpo e até prejudicando os
órgãos. Sabemos da importância do condicionamento físico, aliado aos
alongamentos e a alimentação adequada.
Da mesma forma, a mente precisa de repouso, de
esvaziamento. Abrimos espaço para alongar a nossa consciência, expandi-la e
nutrir o nosso ser com novos pensamentos, mais saudáveis e conexos.
A consciência é a lucidez que nutre o pensamento.
Quando expandimos nossa consciência somos capazes de diminuir o estresse e os
padrões mentais repetitivos e suas desarmonias.
A prática da meditação, mindfulness ou outra
qualquer, é um caminho que leva a comunhão com o corpo e o agora. Meditação é
um estado do ser e não uma técnica. Todas as metodologias são instrumentos que
ajudam a chegar no estado meditativo.
Estar em meditação é estar aqui e agora, um estado
contemplativo de plena atenção, um estado de lucidez total. Você deixa de lado
a tagarelice mental e entra em estado refreshing,como eu gosto de chamar. A respiração se torna leve e fluida , nutrindo
o corpo de vitalidade.
A prática meditativa no ambiente corporativo
proporciona flexibilidade, melhora a capacidade para absorver novas tarefas e
conhecimentos, melhorando a memória e impulsionando a uma atitude mais
dinâmica. Proporciona um aumento significativo para a concentração e
produtividade.
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